Funciona Em Um Torneio, Mas Sera Que Funciona Nas Ruas??
Regras: Ruas X competições.
Já ouvi certas vezes da boca de professores que ministram estilos que, os mesmos não participam de competições devido ao fato de não ser possível aplicar os golpes ditos de grau de letalidade muito elevado assim impossibilitando-os de usar tais técnicas maravilhosas em lutas de competição, bom, isso parece conversa fiada, pois as competições de Vale Tudo da década de 90 deixou bem claro a possibilidade de lutar sem equipamentos e praticamente sem regras, concordam? No caso do Wing Chun já cheguei a ver um mestre dizendo num vídeo (do Youtube) que o Wing Chun de verdade não participa de competições, mas que se ele assim desejar, eles podem lutar em tais eventos também (????)Bom, mas enfim, falando de regras e de não regras, de locais controlados e de locais não controlados, se numa briga de rua você chutaria o joelho do inimigo afim de quebra-lo neutralizando assim a ameaça, ou mesmo acertar os testículos do brigão, pode-se usar o equivalente permitido em uma luta de competição, como um chute reto visando acertar o rosto (a-la Anderson Silva), ou ainda visar atingir o abdômen buscando assim um nocaute (assim como você pode encontrar na WEB muitos nocautes deste tipo) que teriam o mesmo efeito, a neutralização do oponente nas competições, ou inimigo (se nas ruas). Não importam o que digam: -Minha arte usa muitas cotoveladas norte sul, minha arte usa muitos chutes proibidos por isso não posso provar que funcionam contra não leigos etc etc... A verdade é que quase sempre há um golpe equivalente ou mesmo similar, ou mesmo o mesmo movimento porém visando atingir outro alvo (permitido na competição). Assim ao meu ponto de vista, é algo muito difícil constatar a funcionalidade (exceto Krav Magá que já foi muito testado não em competições) prática de um estilo ou escola de defesa pessoal e também escola de Wing Chun com pouca ou nenhuma aplicação em lutas de competição. Alguns instrutores de defesa pessoal e de algumas escolas de WC dizem que lutas de competição não querem dizer nada, façamos uma pequena analogia com o Jiu Jitsu Gracie; O mesmo BJJ ensinado por Helio Gracie como defesa pessoal para alguns alunos se defenderem nas ruas é o mesmo que hoje é amplamente usado com sucesso em competições de MMA, então porque esta falacia de algumas escolas de WIng Chun em dizer que seu Wing Chun é verdadeiro sendo assim tão letal a ponto de não ser possível usa-lo com eficiência em lutas de competição de K-1 por exemplo? Falacias e conversas, é só isso.
Bom já falamos da possibilidade de adaptabilidade das técnicas de acordo com o cenário ou local do confronto, quero então deixar salientado que a arte e habilidade de escolha do momento certo para se agir dentro de um combate mano a mano não se limita a questão de quando e onde bater (o que já é por si só algo unicamente adquirido através de experimentações, ou experiencias em confrontos de competições que podem te machucar um bocado, sim podem, tirando assim a possibilidade de algum mestre querer lhe tirar o mérito por sua luta ter sido de competição, e não de rua), sim sim, não só isso,você com o habito de lutar vai adquirir consequentemente o discernimento de qual técnica usar na luta, assim tirando a possibilidade das desculpas já citadas acima.
Um outro ponto forte é o do condicionamento emocional que as lutas de competição trazem, assim como os treinos preparatórios duros de Sparring para lutar nas mesmas. Certa vez um colega de treino de submission que era excelente rolando na academia, travou completamente na sua primeira luta de solo, isso mesmo, só grappling (sem socos ou chutes etc) apenas valendo a regra de solo (imobilização ou submissão) já foi uma carga de adrenalina forte o suficiente para paralisar a fluidez e o raciocínio de um lutador com mais de 4 anos de experiencia em treinos apenas na academia, esta foi uma experiencia que eu constatei, o mesmo havia assistido uma luta de MMA minha como coach (auxiliar) e me disse que olhando parecia muito fácil, mas logo viu que não era bem assim quando chegou seu dia de entrar em cena. Assim, o condicionamento psicológico e emocional proporcionado por competições, onde existe muita pressão, como por exemplo, publico barulho nervosismo expectativas entre outras coisas que afetam o atleta neste momento decisivo, pode (claramente) ajudar um lutador condicionado que age de forma natural em ambientes de competição, também agir de forma muito mais calma e racional em uma situação de briga de rua e similares por exemplo.
É louvável a dedicação de instrutores de defesa pessoal e de algumas escolas de Wing Chun em executar técnicas com rapidez e perfeição contra seus alunos e iniciantes, ou mesmo em aparelhos de treino. No entanto um bom Sparing ou pré Fight com seu colega de treino podendo te atingir com certa força suficiente para te fazer se arrepender de ter sido atingido é o que realmente faz uma diferença significativa na hora de aplicar as técnicas que você treina em combates de verdade , sejam eles nas ruas ou nas áreas de competição. Aplicar uma técnica sob o risco, ou ainda sendo atingido por seu colega, fará a diferença em se você obterá exito em atingir alguém treinado em uma luta profissional. É ai que mora um outro treinamento importante, o da coragem, pois não existe luta de competição séria (salvo raros casos) em que você entra e sai sem levar um arranhão contra um oponente qualificado, ou no minimo você estará correndo este risco. O ambiente morno e familiar da sua academia ou local de treino, com seus colegas habituais, e seu mestre, nunca poderão lhe proporcionar a tamanha pressão emocional de uma competição, ou de uma briga de rua.
Conclusão: Não quero afirmar que o mestre para ser bom tem que ter tido 500 lutas, existem mestres que não lutam, mas produzem lutadores muito bons (que também não precisam ser campeões de tudo), no entanto existem os que dizem que para ser um bom professor de direção (por exemplo) você tem que dirigir muito bem e não ser apenas bom em saber o que esta ali nos livros de como dirigir. Enfim Eu gostaria de dizer que a inabilidade de um mestre ou instrutor em adaptar uma técnica para usa-la tanto em competição quanto nas ruas não a torna inútil ou inaplicável em ambiente X ou Y . No entanto é permitido a cada um pode ter as suas convicções e objetivos dentro das artes de luta, e não há deméritos para os que não lutam.
Conclusão: Não quero afirmar que o mestre para ser bom tem que ter tido 500 lutas, existem mestres que não lutam, mas produzem lutadores muito bons (que também não precisam ser campeões de tudo), no entanto existem os que dizem que para ser um bom professor de direção (por exemplo) você tem que dirigir muito bem e não ser apenas bom em saber o que esta ali nos livros de como dirigir. Enfim Eu gostaria de dizer que a inabilidade de um mestre ou instrutor em adaptar uma técnica para usa-la tanto em competição quanto nas ruas não a torna inútil ou inaplicável em ambiente X ou Y . No entanto é permitido a cada um pode ter as suas convicções e objetivos dentro das artes de luta, e não há deméritos para os que não lutam.
Quanto mais simples, melhor funciona, nos ringues e nas ruas cruéis.
Obrigado.
