quarta-feira, 11 de junho de 2025

A Hitoria não contada do Sanda chines.







 Durante a Revolução Cultural Chinesa (1966–1976), liderada por Mao Tsé-Tung, a prática de artes marciais — assim como muitas outras tradições culturais, religiosas e intelectuais — foi duramente reprimida ou proibida. Abaixo está um panorama completo sobre como isso afetou as artes marciais e a cultura chinesa como um todo.

📚
O que foi a Revolução Cultural? A Revolução Cultural foi um movimento político e social iniciado por Mao Tsé-Tung com o objetivo de: Reafirmar seu controle sobre o Partido Comunista Chinês. Eliminar elementos "burgueses", "capitalistas" ou "tradicionalistas" da sociedade chinesa. Promover uma cultura 100% alinhada com os ideais do comunismo radical. Para isso, Mao mobilizou especialmente a juventude, criando os Guarda Vermelhos, que passaram a destruir tudo que fosse considerado parte das "Quatro Velharias" (四旧): Velhos costumes Velha cultura Velhos hábitos Velhas ideias

🥋
E as artes marciais? As artes marciais tradicionais chinesas, também chamadas de Kung Fu (功夫) ou Wushu (武术), eram vistas como parte da velha cultura — ligadas a filosofias antigas (como o taoismo, o confucionismo e o budismo), mitos, rituais e até superstições. O que aconteceu com os mestres e as academias? Academias foram fechadas. Livros sobre artes marciais foram queimados. Mestres foram perseguidos, humilhados publicamente, enviados para campos de reeducação ou mortos. Muitos foram obrigados a abandonar completamente o ensino e a prática. Praticantes que tentavam continuar em segredo corriam risco de prisão. Exemplo: O estilo Wing Chun, que viria a se tornar famoso no Ocidente por meio de Bruce Lee, quase desapareceu nesse período. Vários mestres, como Ip Man, já haviam fugido para Hong Kong antes da revolução, e foi lá que muitos estilos tradicionais se preservaram.

🎭
Substituição por "Wushu moderno" Nos anos finais da Revolução Cultural (e especialmente após sua queda), o governo chinês tentou reintroduzir uma forma "controlada" e "esportiva" de artes marciais: Criou-se o Wushu moderno – mais artístico, coreografado, e menos voltado para autodefesa ou tradição espiritual. Estilos tradicionais foram "padronizados", muitas vezes diluindo suas origens filosóficas. As artes marciais passaram a ser ensinadas em escolas e competições, mas sob rígido controle estatal.

🏁
Fim da Revolução Cultural e consequências Após a morte de Mao em 1976 e a prisão da chamada "Gangue dos Quatro", a China começou um lento processo de reabilitação cultural: Muitos mestres voltaram a ensinar, agora em ambientes mais tolerantes. Algumas tradições perdidas foram reconstruídas a partir da diáspora (Hong Kong, Taiwan, Malásia). Nos anos 1980 e 1990, o interesse por Kung Fu explodiu no Ocidente, com filmes e academias ressurgindo.

🧠
Curiosidade: impacto espiritual e filosófico A Revolução Cultural não proibiu apenas a prática física das artes marciais. Também: Proibiu ensinamentos filosóficos clássicos ligados ao taoismo, zen-budismo e confucionismo — todos base de várias escolas marciais. Desencorajou práticas como Qi Gong, meditação, tai chi tradicional e outros aspectos internos (nei gong).

✅
Conclusão Sim, a Revolução Cultural restringiu severamente as artes marciais na China, vendo-as como símbolos do passado feudal e "supersticioso". Muitos estilos quase desapareceram, e só foram resgatados depois da abertura da China e do esforço de mestres no exterior. Durante e após a Revolução Cultural, a China realmente perdeu parte significativa da prática real e efetiva das artes marciais tradicionais. Quando o país decidiu, nas décadas de 1970 e 1980, desenvolver um sistema de combate moderno, prático e esportivo, os chineses consultaram, sim, especialistas soviéticos e se inspiraram no Sambo russo, entre outras fontes. O resultado foi a criação do Sanda (ou Sanshou). Então resumindo. O Sanda que é ensinado e praticado hoje em dia, não tem ligação com o Sanda antigo originario da China, mas sim é uma criação pós revolução, e foi inspirado no Sambo russo (pois os chineses já haviam perdido o conhecimento de combate marcial por conta da revolução cultural).



No que diz respeito ao conteúdo dos estilos de Kung Fu / Wu Shu antes da revolução cultural:


📜 Antes da Revolução Cultural (antes de 1966)

  • Cada estilo tradicional (como Hung Gar, Choy Li Fut, Baguazhang, Xing Yi, Taiji, entre outros) costumava ter um número limitado de formas (taolu), frequentemente entre 3 e 8, dependendo do sistema.

  • O foco era na aplicação prática (yong fa), e muitas formas tinham múltiplas aplicações condensadas.

  • Os estilos eram ensinados de forma muito reservada, quase sempre de mestre para discípulo, com forte ênfase em aplicações de combate (chin na, qinna, tui shou etc.).


🔥 Durante a Revolução Cultural (1966–1976)

  • O governo comunista de Mao Tsé-Tung considerava as artes marciais tradicionais expressões feudais e supersticiosas, muitas vezes ligadas à religião, como o taoismo ou o budismo.

  • Academias foram fechadas, mestres perseguidos, e a prática tradicional foi proibida ou severamente limitada.

  • Alguns mestres emigraram (para Taiwan, Hong Kong, EUA), levando consigo a tradição intacta. Já os que ficaram ou esconderam a prática ou modificaram o conteúdo para sobreviver.

  • Nesse período, a arte marcial passou a ser usada como instrumento político-cultural, com enfoque em exibição e saúde física, não mais combate.


🥋 Pós-Revolução Cultural / Era Moderna (anos 1980 em diante)

  • A partir de Deng Xiaoping, o governo chinês (percebeu o erro medonho cometido décadas antes e) reabilitou o kung fu como patrimônio cultural.

  • Surgiu o Wushu moderno, com dezenas de formas padronizadas voltadas a performance e competição.

  • Estilos tradicionais foram recompostos, e muitos professores (por desejo de popularizar, por exigência estatal ou conveniência) começaram a:

    • Criar novas formas para facilitar a graduação dos alunos.

    • Dividir formas longas em partes.

    • Incorporar formas de exibição, acrobáticas ou mistas.

  • Isso levou muitos estilos a crescerem de 3–8 formas para 20, 30 ou mais, principalmente em escolas voltadas a público internacional. Certos estilos atuais tem maiois de 50 formas diferentes com muitos movimentos, porém, sem aplicação prática ou sentido dentros dos combates ou defesa pessoal.


✅ Conclusão

Portanto, sim, é verdade que:

  • Os estilos tradicionais tinham poucas formas, e seu número aumentou significativamente após a Revolução Cultural.

  • O aumento foi motivado por razões didáticas, políticas e comerciais, muitas vezes distanciando-se da aplicação marcial original.

  • A padronização do Wushu moderno e o ensino para estrangeiros contribuíram para o inchaço do número de formas.

Se você busca kung fu com conteúdo combativo original, o ideal é procurar linhas tradicionais com linhagem documentada, muitas das quais estão fora da China (em Hong Kong, Taiwan ou nos EUA e Austrália).





Veja a baixo alguns dos estilos mestres e escolas que ainda possuem a parte combativa e a arte em si preservadas;


🥋 1. Wing Chun Tradicional

Duncan Leung (Discípulo de Ip Man)

  • Foco prático, combate real e estruturas fixas de aplicação.

  • Estilo: Wing Chun Combat.

  • Ensina a aplicação de cada movimento, sem floreios.

  • Sede nos EUA, com ramificações no mundo.

Wong Shun Leung

  • Também discípulo de Ip Man.

  • Mestre de Bruce Lee.

  • Desenvolveu o “Ving Tsun Science”.

  • Altamente respeitado por sua abordagem direta e voltada a combate.

  • Linhagem ativa em Hong Kong e Austrália.

David Peterson

  • Discípulo direto de Wong Shun Leung.

  • Mantém a abordagem analítica e científica do sistema.

  • Escritor de referência sobre a tradição original.


🥋 2. Hung Gar Tradicional (Estilo do Sul)

Lam Chun Fai (Filho de Lam Jo, sobrinho-neto de Lam Sai Wing)

  • Hung Gar de linhagem direta.

  • Poucas formas, mas foco absoluto em condicionamento, técnicas de ponte, resistência e luta.

  • Baseado em Hong Kong.

Chiu Chi Ling

  • Outro mestre tradicional de Hung Gar.

  • Preservação das formas antigas, sem adição moderna.

  • Vive na Califórnia, com ramificações no Brasil e Europa.


🥋 3. Xing Yi Quan (Estilo Interno)

Di Guoyong

  • Um dos maiores representantes vivos do Xing Yi tradicional.

  • Formas simples e curtas com aplicação direta.

  • Combinado com práticas de “fighting sets” e aplicações reais.

Sun Lutang (Histórico, mas seu legado permanece)

  • Pai do Xing Yi moderno e sua integração com Bagua e Taiji.

  • Não inventou muitas formas, preferia praticar poucas, mas com profundidade.


🥋 4. Baguazhang

He Jinbao

  • Mestre da linhagem Yin Style Baguazhang.

  • Enfatiza uso de armas, movimentação circular e luta com aplicação prática.

  • Foco nos 8 animais e técnicas de combate.


🥋 5. Liu He Ba Fa (Menos conhecido, mas altamente tradicional)

Master Li Dao Li

  • Um dos poucos guardiões deste estilo antigo, que mistura elementos de Taiji, Xing Yi e Bagua.

  • Estilo reservado, sem grande difusão internacional.

  • Poucas formas, foco interno e marcial verdadeiro.


🥋 6. Choy Li Fut Tradicional

Mak Hin Fai

  • Mestre tradicional que manteve a estrutura original do sistema.

  • Usa poucas formas com treinamento de saco de areia, boneco, e aplicações marciais reais.


🥋 7. Tai Chi Chuan (com foco em combate)

Chen Style (Família Chen)

  • Linha de Chen Xiaowang e Chen Ziqiang (neto de Chen Fake).

  • Foco em fa jin (explosão de força), empurrar mãos e luta.

  • Totalmente diferente do "Tai Chi de academia".


🎯 Recomendações Finais

  • Evite escolas que enfatizem somente performance, dança ou roupa bonita.

  • Procure sempre por:

    • Aplicações práticas (yong fa).

    • Menor número de formas.

    • Preservação de linhagem.

    • Treinamento de sparring, qinna, armas, e força.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

O Tigre e o Dragão

 

 O Tigre e o Dragão:


    De acordo com a simbologia taoista, o tigre e o dragão são criaturas complementares que refletem os princípios do Tai Ji (a verdade suprema formada pelos opostos complementares Yin e Yang). O tigre é de natureza yin e apresenta um comportamento mais agressivo, territorialista, é um caçador nato. O dragão representa o yang, é símbolo de sabedoria; é forte, astuto e sabe a hora de agir. É um espírito velho e sábio. O tigre contém a semente do dragão dentro de si, assim como o Yin possui a semente do Yang. O dragão também possui um pouco do tigre dentro dele, assim como o Yang possui uma parte Yin.

 

     O Dragão é a sabedoria a ponderância, ele sabe que tem o poder da destruição, e sabe do que é capaz, porém por possuir muito discernimento, não faz uso indiscriminado desta força. Guiar a luta para o terreno mais favorável define que armas poderão ou não ser usadas.

    O Tigre reconhece que o dragão o derrotaria, por isso nunca se considera o numero um, ou o imbatível, assim sempre estando atento ás próprias falhas e possibilidades de ser derrotado por quem quer que seja.  O mestre Wong Chun Leung quando questionado sobre ser o melhor lutador de Hong Kong em sua época sempre respondia "Não sou o melhor, sou o segundo melhor sempre".





 

Algumas aplicações para a vida:

    Tigre: Mantenha-se atento á possibilidade de derrota, mesmo a um adversário ou situação aparentemente simples ou inferior, seja sempre humilde. Isso até nos remete a uma velha fábula chinesa que conta como uma garça derrotou um tigre com apenas uma bicada no olho.


    Dragão: Procure sempre a maestria ou o domínio daquilo que você julgar importante, assim você um dia será capaz de vencer sem lutar. (E esta é a suprema arte da guerra segundo o general Sun Tzu). 




Referência:
Jung, C.G. A Natureza da Psique - A dinâmica do inconsciente. Obras Completas Vol 8/2. Petrópolis, Vozes. (2011)


terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

 

A equiparável e esquecida eficiência do Wing Chun.

Contextualizando:

Wong Chun Leung → Foi o discípulo e representante do mestre Ip Man durante seus tempos de ensino em Hong Kong. Ele teve mais de 400 combates durante os anos 50 e 60 (todos Documentados pelo jornal local da época, e os arquivos podem ser visitados até hoje) com praticamente nenhuma regra. Wong nunca perdeu se quer uma luta. Lutou contra praticantes e mestres de dezenas de estilos diferentes de Kung Fu, e também atletas de Boxe Inglês.

 

Os combates eram travados no topo de edifícios e vielas (por serem ilegais), porém as matérias saiam periodicamente nos jornais impressos da época. Não havia qualquer tipo de equipamento ou proteção para os lutadores ou limite de tempo.

 

Vídeo a respeito dos desafios (Beimos) entre os anos 50 e 60 em Hong Kong

 



Polimento técnico e evolução do Wing Chun:

Após varias resenhas com seu mestre, Wong modificou excluiu e adaptou várias técnicas para o combate inter estilos. Isso trouxe o Wing Chun ao foco de todos os praticantes de artes marciais de Hong Kong na época. Essas modificações trouxeram mudanças até mesmo na forma em que a arte marcial/estilo deveria passar a ser ensinado, visando aumentar a efetividade do sistema de luta. Wong treinou Bruce Lee por um tempo, fato que influenciado Bruce ao criar seu estilo de luta, como ele menciona em seu livro ‘O Tao do Jeet Kuen Do’.

 



 

 

A efetividade do Wing Chun e sua influência ainda hoje em dia:

Creio que existem poucos praticantes de Wing Chun que possuam um grau técnico em eficiência que pode se equiparar à maioria dos lutadores de Thai-Boxe ou Kickboxing e similares. Mas isso se deve a alguns fatores; Grande parte das escolas de Wing Chun são focadas apenas em defesa pessoal (não houve foco ou adaptação para lutas inter-estilos ou lutas de competição). Porém existem vertentes do Wing Chun muito adaptadas para competir e lutar com outros estilos de luta, e que mantém a parte de defesa pessoal muito bem conservada. Um exemplo é o WingChun Real do mestre Edvaldo Amaral

Técnica de Wing Chun


Devido ao fato de poucos praticantes (dessa vertente em especifico), e ainda menos que tenham o foco em tomar parte em campeonatos, este sistema torna-se inexpressivo hoje em dia. Mas isso não se traduz em ineficiência, pois muitos lutadores e ex lutadores proficionais atuais, usam a teoria das 5 distâncias criada por Bruce Lee e publicada em seu livro. 


Não confundam:

Existem muitos estilos/tipos de Kung Fu, alguns com a base baixa , outros com base alta, uns de demonstração (competição de formas/movimentos) , outros focados em defesa pessoal, e outros focados em competições esportivas (Sanda), vejam alguns exemplos:

 






 

 

 

 

A cima vemos ( da esquerda pra direita) Kung Fu tradicional, Wing Chun, e Sanda. Achar que são todas iguais seria como eu achar que Jiu Jistsu Gracie e Capoeira são a mesma arte marcial pelo fato de as duas serem brasileiras.

 

Sanda VS Muay Thai 

 
 
Wing Chun Vs Sanda, Karate-Do, Muay Thai (amador) & MMA (pro).
 


Eu também fiz muitas adaptações, enfrentei a falta de movimentação de cabeça, foot-work, e timing. Eu adaptei tudo, treinei e absorvi um pouco de boxe, Bjj e Wrestling. Fiz lutas de Sanda, Muay Thai, e 2 de MMA. As vezes me conflito (intelectualmente) com praticantes de Wing Chun que dizem que o que eu luto não é mais Wing Chun, mas esses mesmos caras nunca lutaram contra profissionais (ou mesmo amadores) em competições, e desconhecem as necessidades adaptativas em um combate fluido e imprevisível.

 

 Obrigado por ter chegado até aqui  :)
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020



O que as artes marciais me deram:

Alguns músculos , fôlego...

Autoconfiança para superar obstáculos não só no esporte mas principalmente na vida.

Auto estima : me fez cuidar melhor de min mesmo , não poluir o corpo e nem a mente. 

Foco: não desisto mais facilmente das coisas , a insistência em completar um treinamento ou mesmo um exercício antes de se render a exaustão , é também um exercício para ser insistente nos seus objetivos de vida.

Artes marciais me fizeram ter mais cuidado com o que eu como, para que assim eu pudesse ter melhores resultados no aperfeiçoamento das técnicas.

Me deu bons amigos , só os melhores permaneceram. 

Me deu boas lembranças.

Me deu sensação de felicidade e dever cumprido .
As endorfinas depois de um bom treino são um presente de Deus.

Honestidade: Ser honesto com você mesmo é também um exercício para ser honesto em tudo. Se esta treinando ou não, se esta bom ou não, você pode mentir pro mundo todo , menos pra você mesmo. 

Me deu uma válvula de escape, algo no qual podemos concentrar a mente e esquecer todo os problemas que possamos estar passando no momento. 

Me deu gratidão , por poder ver e sentir tudo o que eu poderia estar perdendo caso eu não tivesse um corpo e mente saudáveis para poder treinar e viver plenamente. 

Paciência: o amadurecimento das técnicas levou tempo, mas o foco e perseverança te levará até ele. 

No momento em que escrevo este pequeno artigo, estou á 3 meses da minha cerimonia de graduação do curso de Tecnologia da Informação na faculdade. Isso mais uma vez mostra que a disciplina adquirida em treinamento de qualquer arte marcial pode ser usado com eficiência em outras áreas da sua vida te levando bem mais longe.

Obrigado por ter lido este singelo artigo.



quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Algumas tristes diferenças entre os praticantes de Wing Chun\Kung-Fu (em geral), com outras artes marciais.



            Ola, quero através deste texto expor a minha opinião como praticante de três artes marciais distintas, e também sob minha observação das atitudes de praticantes e do publico em geral sobre um tema bem significante nas artes marciais atuais, a união, ou a falta dela entre uns e outros estilos\modalidades.
            Em primeiro lugar quero dizer que quero fazer uma analogia me baseando em alguns aspectos das três artes marciais\desportos que mais tempo pratiquei, e de seus praticantes. Estou falando de; Wrestling, Submission-Jiu-Jitsu, WingChun & Kung-Fu tradicional, além de outras que não pratiquei mas observei. Fui lutador de artes marciais mistas (semi profissional) por um período de tempo, por isto praticava estas modalidades (algumas delas muitos diriam que inadequadas para este fim, mas isto é outra historia).
è               Jiu Jitsu: A rivalidade interna dentro dos tatames pelas academias de Jiu Jitsu é na minha opinião a mais saudável possível (pelo menos na maioria dos lugares por onde passei). Quando alguém se gradua o sentimento é de que a arte marcial, a academia, o mestre, todos estão ficando mais fortes, mais significantes. Quando um lutador qualquer de BJJ luta em um evento grande (ou não), a vitória de um lutador de BJJ é sempre bem vinda e bem vista (a não ser que seja contra a sua equipe). Um exemplo é quando Demian Maia luta, todo mundo que gosta muito de BJJ gosta desse cara, de ver ele lutando e fazendo de forma primorosa o que esta arte tem a oferecer em eficiência, qual lutador de BJJ não conhece Royce Gracie nas primeiras edições do UFC?

è               Boxe Tailandês: Qual o lutador ou praticante desta modalidade nunca vibrou vendo Anderson Silva lutar usando o eficiente estilo nacional da Tailândia ? Além de tantos outros lutadores na mesma modalidade.

è               Wrestling: Quem pratica esta modalidade assiste o MMA com outros olhos, ou seja um olhar mais aprofundado por certo ângulo estratégico , alem de sempre curtirem ver defesas de queda em plena ação, além dos belíssimos tombos no acontecendo no octógono. Eu mesmo vi varias lutas antigas das primeiras edições do UFC, e caras usando Wrestling com extrema eficiência , como Chuck Liddell, este cara parecia uma bola de ping pong, batia no chão e voltava a ficar em pé, Randy Couture e suas estratégias extremamente bem feitas (principalmente para aquela época) , e ainda atualmente Jon Jones o qual nunca foi derrubado e é faixa branca de BJJ. Qualquer Wrestler gosta Ou gostou) de ver estes caras lutando e vencendo, é claro, da orgulho saber que o que você treina esta ali funcionando em grandes eventos.

è               Karatê: Quando se pensa em Karatê no MMA já vem logo a mente o nome Machida, que tanta moral e significância trouxe de volta ao Karatê que antes dele aparecer no MMA andava tão esquecido e talvez até desmerecido por outras modalidades, depois de Lyoto o estilo japonês voltou a sua gloria e teve novamente seu lugar entre os mais eficientes na atualidade. E mais uma vez, qualquer Karateca gosta do Lyoto Machida, de vê-lo lutando, e sempre que ele vence isso traz alegria e contentamento (independentemente) á todas as linhas\estilos de Karatê.

è               Wing-Chun & Kung-Fu (em geral): Agora vamos mexer no vespeiro. Começando pelas escolas\famílias\linhagens de Wing Chun: Posso falar por min, quando um praticante qualquer deste estilo vence alguma coisa ele já passa a (no mínimo) ser considerado ameaça á hegemonia ou status até mesmo de seu próprio mestre, além de ser muito mau visto por outras escolas\academias do mesmo estilo por alguns motivos como; dizerem que o que você usou para vencer não era na realidade Wing Chun, dizerem que por você ter alterado ou adaptado algum detalhe (muitas vezes para ser compatível a regra do evento) isso esta torto ou errado, dentro do BJJ a´te hoje se descobre novas possibilidades e técnicas, mas no Wing Chun fazer isto é o mesmo que deixar de ser Wing Chun. Mais um exemplo: Outra arte marcial, a Capoeira, a que se usa nas competições de MMA não aparenta ser exatamente a mesma das rodas de treino, foi necessário diminuir as movimentações (no que diz respeito á ginga) mas isso Não faz do lutador um Não capoeirista. Quando você perde, fazem a maior festa (Ó isso foi útil, entre outras alfinetadas), se você ganha eles sentem que eles podem ou vão ficar pra trás ou que os alunos deles vão abandoná-los e vir treinar com quem vence mais competições ou esta mais em evidencia de alguma outra forma, ou que o que eles ensinam pode já não ser mais relevante ou eficiente o suficiente. Assistir a luta de um `concorrente´ é algo para se fazer torcendo pra ver ele perder da pior forma (foi o que eu sempre vi de uns com os outros).
Quando alguém se gradua, ele é uma ameaça, se quiser abrir academia tem que ser muito longe, de preferência a algumas CIDADES de distancia, caso contrário não haverá nada de bom para ser dito um do outro, é exatamente o oposto do que já acorreu comigo no BJJ, quando eu estava procurando um treino especifico para MMA um professor me indicou á outro, e ainda, no JJ um praticante ir visitar a academia do outro (na grande maioria dos casos) é algo amistoso, fazerem um treininho juntos e trocar umas idéias. Já no Kung-Fu e principalmente no Wing Chun é uma atitude para se desconfiar, -Ó, ele pode estar espionando\roubando nossas técnicas. Ou, -Ele quer angariar uns alunos pra ele . 
O dilema de um mestre comum de Kung Fu é –Ele pode até brilhar, mas não mais que eu.


Não só a muito deficiente eficiência da grande maioria dos estilos de Kung-Fu atuais em geral (conforme explicado por min em outro texto aqui do blog), além do Não intercambio de experiências, da não concordância ou intolerância no uso de técnicas adaptadas ou modificadas, e na maioria das vezes até mesmo arrogância de praticamente todos os mestres no que diz respeito ao real uso pratico do que ensinam, a maioria dos mestres de Wing Chun e KF pregam coisas que eles e seus alunos nunca testaram em competições, e competições são sim experiências extremamente validas para a lapidação das técnicas e melhoramento estratégico da luta num todo, mas alguns dizem que competições não dizem nada, para estes eu digo que se não podem ou não sabem se podem se defender num ambiente controlado, ou competições, podem muito menos ainda numa briga real onde realmente vale tudo e você vai ficar mais tenso e por isso, menos capaz ainda.
Isso tudo me levou a procurar sair e pensar fora da caixa, confesso que não foi assim tão fácil, nos primeiros anos eu repeti exatamente os mesmos mau comportamentos dos mestres mais antigos, mas amadurecer de verdade é necessário em tudo nesta vida.
Assim uma arte marcial desunida por egoísmo acaba sendo algo fragmentado em fracasso.
            Coisas que aprendi sendo Lutador de Wing Chun: Nunca espere o reconhecimento, contentamento, menos ainda consideração de outras escolas da mesma arte, apenas treine, lute, melhore o que não estiver funcionando, e adicione o que for necessário mas sem se apropriar do que é de outras modalidades. Cada um quer fazer algo um pouco diferente do outro, e todos consideram a si próprios certos apontando os outros como errados. Mas querem saber a verdade, quem esta certo é quem consegue usar a técnica com sucesso e também clareza contra um profissional de outra arte ou modalidade.






                

terça-feira, 18 de abril de 2017



Funciona Em Um Torneio, Mas Sera Que Funciona Nas Ruas??


Regras:  Ruas X competições.
 Já ouvi certas vezes da boca de professores que ministram estilos que, os mesmos não participam de competições devido ao fato de não ser possível aplicar os golpes ditos de grau de letalidade muito elevado assim impossibilitando-os de usar tais técnicas maravilhosas em lutas de competição, bom, isso parece conversa fiada, pois as competições de Vale Tudo da década de 90 deixou bem claro a possibilidade de lutar sem equipamentos e praticamente sem regras, concordam? No caso do Wing Chun já cheguei a ver um mestre dizendo num vídeo (do Youtube) que o Wing Chun de verdade não participa de competições, mas que se ele assim  desejar, eles podem lutar em tais eventos também (????)
Bom, mas enfim, falando de regras e de não regras, de locais controlados e de locais não controlados, se numa briga de rua você chutaria o joelho do inimigo afim de quebra-lo neutralizando assim a ameaça, ou mesmo acertar os testículos do brigão, pode-se usar o equivalente permitido em uma luta de competição, como um chute reto visando acertar o rosto (a-la Anderson Silva), ou ainda visar atingir o abdômen buscando assim um nocaute (assim como você pode encontrar na WEB muitos nocautes deste tipo) que teriam o mesmo efeito, a neutralização do oponente nas competições, ou inimigo (se nas ruas). Não importam o que digam:    -Minha arte usa muitas cotoveladas norte sul, minha arte usa muitos chutes proibidos por isso não posso provar que funcionam contra não leigos etc etc... A verdade é que quase sempre há um golpe equivalente ou mesmo similar, ou mesmo o mesmo movimento porém visando atingir outro alvo (permitido na competição). Assim ao meu ponto de vista, é algo muito difícil constatar a funcionalidade (exceto Krav Magá que já foi muito testado não em competições) prática de um estilo ou escola de defesa pessoal e também escola de Wing Chun com pouca ou nenhuma aplicação em lutas de competição. Alguns instrutores de defesa pessoal e de algumas escolas de WC dizem que lutas de competição não querem dizer nada, façamos uma pequena analogia com o Jiu Jitsu Gracie; O mesmo BJJ  ensinado por Helio Gracie como defesa pessoal para alguns alunos se defenderem nas ruas é o mesmo que hoje é amplamente usado com sucesso em competições de MMA, então porque esta falacia de algumas escolas de WIng Chun em dizer que seu Wing Chun é verdadeiro sendo assim tão letal a ponto de não ser possível usa-lo com eficiência em lutas de competição de K-1 por exemplo? Falacias e conversas, é só isso.
     Bom já falamos da possibilidade de adaptabilidade das técnicas de acordo com o cenário ou local do confronto, quero então deixar salientado que a arte e habilidade de escolha do momento certo para se agir dentro de um combate mano a mano não se limita a questão de quando e onde bater (o que já é por si só algo unicamente adquirido através de experimentações, ou experiencias em confrontos de competições que podem te machucar um bocado, sim podem, tirando assim a possibilidade de algum mestre querer lhe tirar o mérito por sua luta ter sido de competição, e não de rua), sim sim, não só isso,você com o habito de lutar vai adquirir consequentemente o discernimento de qual técnica usar na luta, assim tirando a possibilidade das desculpas já citadas acima.
     Um outro ponto forte é o do condicionamento emocional que as lutas de competição trazem, assim como os treinos preparatórios duros de Sparring para lutar nas mesmas. Certa vez um colega de treino de submission que era excelente rolando na academia, travou completamente na sua primeira luta de solo, isso mesmo, só grappling (sem socos ou chutes etc) apenas valendo a regra de solo (imobilização ou submissão) já foi uma carga de adrenalina forte o suficiente para paralisar a fluidez e o raciocínio de um lutador com mais de 4 anos de experiencia em treinos apenas na academia, esta foi uma experiencia que eu constatei, o mesmo havia assistido uma luta de MMA minha como coach (auxiliar) e me disse que olhando parecia muito fácil, mas logo viu que não era bem assim quando chegou seu dia de entrar em cena. Assim, o condicionamento psicológico e emocional proporcionado por competições, onde existe muita pressão, como por exemplo, publico barulho nervosismo expectativas entre outras coisas que afetam o atleta neste momento decisivo, pode (claramente) ajudar um lutador condicionado que  age de forma natural em ambientes de competição, também agir de forma muito mais calma e racional em uma situação de briga de rua e similares por exemplo.
     É louvável a dedicação de instrutores de defesa pessoal e de algumas escolas de Wing Chun em executar técnicas com rapidez e perfeição contra seus alunos e iniciantes, ou mesmo em aparelhos de treino. No entanto um bom Sparing ou pré Fight com seu colega de treino podendo te atingir com certa força suficiente para te fazer se arrepender de ter sido atingido é o que realmente faz uma diferença significativa na hora de aplicar as técnicas que você treina em combates de verdade , sejam eles nas ruas ou nas áreas de competição. Aplicar uma técnica sob o risco, ou ainda sendo atingido por seu colega, fará a diferença em se você obterá exito em atingir alguém treinado em uma luta profissional. É ai que mora um outro treinamento importante, o da coragem, pois não existe luta de competição séria (salvo raros casos) em que você entra e sai sem levar um arranhão contra um oponente qualificado, ou no minimo você estará correndo este risco. O ambiente morno e familiar da sua academia ou local de treino, com seus colegas habituais, e seu mestre, nunca poderão lhe proporcionar a tamanha pressão emocional de uma competição, ou de uma briga de rua.
     Conclusão: Não quero afirmar que o mestre para ser bom tem que ter tido 500 lutas, existem mestres que não lutam, mas produzem lutadores muito bons (que também não precisam ser campeões de tudo), no entanto existem os que dizem que para ser um bom professor de direção (por exemplo) você tem que dirigir muito bem e não ser apenas bom em saber o que esta ali nos livros de como dirigir. Enfim Eu gostaria de dizer que a inabilidade de um mestre ou instrutor em adaptar uma técnica para usa-la tanto em competição quanto nas ruas não a torna inútil ou inaplicável em ambiente X ou Y . No entanto é permitido a cada um pode ter as suas convicções e objetivos dentro das artes de luta, e não há deméritos para os que não lutam.
Quanto mais simples, melhor funciona, nos ringues e nas ruas cruéis.  


Obrigado.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

WUSHU


(Tradução: Arte\habilidade de Guerra)

(Este texto é muito critico, não é de minha autoria, mas tem vários pontos interessantes de se observar. Respeito á todos os que ensinam, não cabe a min Julgar ninguém. 
Obrigado).

Primeiramente o interessado deve entender que, no que diz respeito às artes marciais Chinesas, as “aparências” enganam, e enganam muito. Inicialmente não se impressione com uniformes de seda (que mais parecem grandes pijamas em minha opinião) – os mesmos não significam que a pessoa que os veste tem ou não habilidade – sim, porque para a pessoa que esta realmente interessada em iniciar sua jornada através das AMC, o termo mais importante é “habilidade marcial”.  Entenda bem, caro leitor, que o objetivo máximo da prática das AMC sempre foi à obtenção de eficiência, habilidade marcial.
“Desenvolvimento espiritual”, “aumento da flexibilidade”, “melhoria da saúde” e outros pontos são somente efeitos colaterais da prática para a obtenção de eficiência marcial (ha outros artigos neste website que tratam deste tópico). Não quero dizer que estes tais “efeitos colaterais” não possam ser o objetivo do estudante de AMC, mas deve-se entender que estes “objetivos secundários” estão disponíveis somente como efeitos do treinamento para aquisição de eficiência marcial, ou seja, eles vão acontecer em decorrência do treino marcial: isto significa que o espírito será desenvolvido através de práticas marciais, o aumento da flexibilidade será alcançado também através de exercícios que tem como finalidade maior à aquisição de habilidade marcial, e assim por diante. Desde que se entenda que estes não são objetivos principais das AMC (e sim secundários), não ha problemas. Os problemas começam quando os objetivos secundários tornam-se objetivos principais, ou seja, quando uma pessoa (por exemplo) tem a idéia de iniciar a prática de AMC para desenvolver-se espiritualmente, porém não esta disposta a promover este desenvolvimento a partir de práticas marciais. Sendo assim, é de suma importância que o interessado primeiramente entenda a natureza das AMC e pergunte a si mesmo se está disposto a trilhar este caminho. Deve-se também entender que no caso do interessado buscar “práticas espirituais”, ha diversas disciplinas disponíveis para estudo e pesquisa, tais como: yoga, meditação etc, e estas são práticas que tem o desenvolvimento espiritual como objetivo principal. Que fique claro então que o objetivo principal e máximo das AMC é a obtenção de habilidade marcial.

Pressupondo que o leitor continua interessado, vou enumerar os elementos que não tem a mínima importância ao procurar-se um professor ou academia para estudo:
·       Não se impressione com uniformes bonitos ou academias bem equipadas. Nada disso é garantia de eficiência marcial, e é isto que você deve buscar.
·       Não se impressione com diplomas nas paredes – eles não significam absolutamente nada. Na AMC tradicional não existem diplomas. Mais uma vez, diploma não é indicador de absolutamente nada. Além do mais, que valida o diploma? Algum mestre famoso? E quem valida o diploma do tal “mestre”? A única coisa que valida ou não um professor é a eficiência marcial.
·       O professor tem sobrenome famoso? É filho de alguém famoso? Não se impressione. Nome não ganha luta e, por muitas vezes, ser famoso e ser habilidoso são duas coisas absolutamente diferentes. Se ser famoso fosse garantia de habilidade marcial, Silvio Santos seria um dos maiores “mestres” do Brasil.
·       Títulos – servem para absolutamente nada.”Mestre”? “Grão-Mestre”? “Shifu”? Não se impressione! Os que se apóiam em títulos, por muitas vezes, estão compensando por falta de habilidade. Os maiores praticantes que conheci em minha vida, os mais habilidosos, não dão a mínima importância para títulos. Não de você também, porque realmente eles não importam em nada.
·       Muitos alunos na academia? 100? 200? 300? 1000? Pouco ou nada diz sobre habilidade marcial. Pior, pode demonstrar que a AMC é encarada como puro comércio.
·       O professor é Chinês? Isto não quer dizer que ele tenha habilidade marcial, já que ser Chinês não é garantia de nada. Os Chineses, como nós, precisam treinar por anos a fio, sob a tutela de um professor qualificado, para que possam ter eficiência marcial. Não se iluda com algum oriental que colocou uma roupa de seda, deu dois gritos estranhos e se intitula mestre.


Leia agora o que é realmente importante em um professor ou academia:
Habilidade marcial – trocando em miúdos, o professo deve ser bom, deve ser eficiente marcialmente. Não adianta ser “bom de porrada”, “casca grossa” ou “lutador”. Veja bem, leitor, que você não procura somente alguém com habilidade marcial, e sim alguém com habilidade marcial dentro da arte marcial que você escolheu. Imagine um professor de Jiu-jitsu que, ao lutar, somente é capaz de usar box, ou um lutador de boxe-tailandes que ao lutar só utiliza Jiu-jitsu? Impensável, não é? Mas acontece em grande escala no universo das AMC. O professor proclama que ensina uma determinada arte marcial, ensina todas as formas, exercícios específicos etc, mas quando luta, utiliza uma pobre mistura de box e full-contact. Se esta for à situação, fuja imediatamente, vá embora, não se de ao trabalho de olhar para trás. Aquele que proclama ser professor de uma determinada arte marcial, deve ser capaz de expressar fisicamente os conceitos ou técnicas sobre os (as) quais a arte marcial é desenvolvida, ou seja, quando “sair na mão” deve estar apto a utilizar o que ensina.
Cultura marcial. Infelizmente a maioria dos que ensinam AMC não tem, em minha opinião, cultura sobre as próprias AMC em si. Muitos acham que realmente sabem alguma coisa, escrevem artigos, fazem propaganda – é fácil enganar a si mesmo e ao próximo, mas a verdade é que falta muita cultura marcial.
_Moralidade. Grande eficiência marcial vem junto a uma grande responsabilidade. A prática das artes marciais tem como um de seus objetivos o desenvolvimento do indivíduo como pessoa, e juntamente as práticas marciais em si, são passados, de geração a geração, valores morais. É um ponto importantíssimo a ser considerado quando a procura de um professor.
Fonte: (Texto original de Tadzio Goldgewicht).